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Dr Valdir traz esclarecimento sobre consumo de coquetéis HIV por atores pornô após sexo protegido em matéria da Folha de São Paulo

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Indústria brasileira de obras eróticas enfrenta crise depois de surgirem casos de infecção

Profissionais da indústria do cinema pornô têm apelado para o chamado coquetel de remédios contra o HIV, uma medida de profilaxia pós-exposição, como forma de manter a produção de filmes do gênero, que muitas vezes exibem sexo sem camisinha. Isso porque, conforme antecipado pela Folha, foram descobertos três casos de testes positivos em atrizes de obras eróticas em São Paulo.
As três vinham gravando diversos filmes e cenas até o final do ano passado, sem uso de preservativos, para produtoras menores de pornô ou para seus canais pessoais em plataformas como XVideos e Onlyfans. A descoberta dos três casos praticamente paralisou essa indústria.
O fato é que as produtoras menores só sobrevivem com a exportação de seus filmes para o mercado internacional. E esse mercado exige sexo sem preservativos.
Cena do filme 'Love', filme de Gaspar Noé, exibido no Festival de Cannes de 2015.
Para tentar contornar isso, produtoras e atores adotaram duas práticas –antes das gravações, todo o elenco faz exames de HIV e mostra os resultados antes das cenas; e, após as gravações, os atores e atrizes correm para farmácias ou para o serviço público de saúde e se abastecem de retrovirais para "reduzir" a chance de uma contaminação numa prática conhecida como PEP, ou Profilaxia Pós-Exposição de Risco.
A indicação para essa profilaxia se dá quando há chance de contágio pós-relação –por exemplo, em casos de estupro, exposição genital acidental —caso de uma camisinha que rasga— ou relação sexual desprotegida, como numa noite de bebedeira. Porém, a crença no meio pornô brasileiro é que essa prática tem resultado em "no mínimo 90% dos casos", informação que viria de um estudo canadense.
Só que médicos infectologistas veem muitos equívocos e sérios riscos nessa prática. Principalmente porque os atores, aparentemente, estão fazendo uso desses medicamentos de forma errada.
"Em primeiro lugar, acreditar que o PEP ou PrEP, Profilaxia Pré-Exposição são métodos infalíveis, com 100% de efetividade, é um erro. Os estudos canadenses apontaram que, se tomados corretamente, esses medicamentos podem funcionar em até 90% dos casos", afirma o infectologista Valdir Sabbag Amato.
Segundo ele, "não adianta tomar retrovirais de forma descontinuada, ou mesmo continuada, se o indivíduo segue fazendo sexo desprotegido, sem camisinha". "No caso do PEP, o indivíduo que ficou sob risco de contaminação deve fazer o tratamento por 28 dias consecutivos. Nesse período não pode fazer sexo desprotegido novamente. Passado esse período, ele deve fazer um exame de HIV", diz Amato.
O problema é que muitos atores e atrizes continuam a fazer inúmeras cenas sem preservativos por dias consecutivos e durante a profilaxia.
Para Valdez Madruga, pesquisador, e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, o uso do PrEP ou do PEP para evitar a infecção pelo HIV tem excelentes resultados, mas só se tudo for feito corretamente. "A eficácia é de cerca de 99%. Mas depende do uso correto das profilaxias."
Rodrigo Molina, uma das maiores autoridades do país em vírus HIV e tratamento de Aids, vai além. "O uso de PrEP é efetivo, mas deve ser complementado com método de barreira, como preservativo a fim de prevenir outras infecções sexualmente transmissíveis", afirma. "Para ter eficácia, a PrEP?deve ser utilizada diariamente, principalmente para aqueles com grande número de parceiros ou grande número de práticas sexuais", diz o infectologista.
"Já uma pessoa que usa PEP, a Profilaxia Pós-Exposição, frequentemente deve ser orientada, pois está se expondo, de forma que aumentará a chance de infecção pelo HIV ou outras doenças sexualmente transmissíveis."
No Brasil há cerca de 17 produtoras principais de filmes eróticos, de grande, médio e pequeno portes. As duas grandes, Brasileirinhas e SexyHot, há anos obrigam o elenco a não só fazer exames de HIV, como também exigem o uso de preservativos em todas as cenas.
Já produtoras menores ou médias, como a HardBrazil, gravam sexo sem preservativos porque sobrevivem apenas devido à exportação de filmes para o mercado internacional. E esse mercado exige filmes sem camisinha, afirma Fábio Silva, CEO da HardBrazil.
O canal e produtora SexyHot, dos grupos Globo e Playboy Brasil, informou à reportagem, por meio de nota, que não comprará mais filmes nacionais sem uso de preservativos.
Já a Brasileirinhas deixou de gravar filmes sem preservativos em 2014. Desde 2015 ela também não compra mais filmes de outras produtoras.

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